CartaExpressa
Valdemar incentiva atos golpistas a favor de Bolsonaro: ‘Fica firme. Vamos ajudar vocês’
Na saída do jantar do PL, em Brasília, o cacique do Centrão ‘atiçou’ os protestos contra a vitória de Lula
O presidente do PL, Valdemar Costa Neto, afirmou na noite desta terça-feira 29 que Jair Bolsonaro irá se pronunciar ‘para animar’ e ‘ajudar’ os manifestantes golpistas que se acumulam em frente aos quartéis e pedem intervenção militar. O cacique do Centrão ‘atiçou’ ainda os bolsonaristas ao dizer que os protestos antidemocráticos, na visão dele, teriam ‘muita chance’ de ‘trazer resultado’.
As declarações foram dadas a um apoiador de Bolsonaro que conversou com Valdemar na saída do jantar do PL que reuniu os deputados e senadores do partido e contou com a presença do presidente derrotado. O bolsonarista queria saber se o político vislumbrava ‘chance de resultado’ nos pedidos de intervenção feitos em frente aos quartéis.
“Tem muita chance. Lógico [que tem chance]”, respondeu Valdemar ao manifestante. Em seguida, foi além e prometeu que Bolsonaro faria uma declaração para ‘animar’ os atos. “Bolsonaro não falou ainda. Vai falar. Vai animar vocês lá”.
O mesmo manifestante, conforme registra o site da CNN Brasil, insistiu no tema e afirmou que Lula não subirá a rampa do Planalto. Valdemar novamente atiçou a declaração golpista.
“Fica firme. Vamos ajudar vocês lá”, respondeu. “Podem ter certeza de que Bolsonaro vai dar uma resposta para vocês. Bolsonaro é homem. Pode ter certeza de que ele não vai deixar vocês na mão”.
Relacionadas
CartaExpressa
Dino nega pedido de habeas corpus de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
O novo apelo de Daniel Silveira a Moraes para progredir ao semiaberto
Por CartaCapitalCartaExpressa
Dino será o relator de habeas corpus de Filipe Martins, ex-assessor de Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes cassa decisão e manda CNJ investigar juiz que condenou a União por ‘erro’ do STF
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.