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BC e mercado não deram um pio sobre o que Bolsonaro fez para se reeleger, diz presidenta do PT

A mais recente reunião do Copom ocorreu em 1º de fevereiro, quando o colegiado optou por manter a Selic em 13,75%

O prédio do Banco Central do Brasil, em Brasília. Foto: Leonardo Sá/Agência Senado
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A presidenta nacional do PT, Gleisi Hoffmann, classificou como “crítica” a ata da mais recente reunião do Comitê de Política Monetária, divulgada nesta terça-feira 7 pelo Banco Central. A postura do órgão, avalia a petista, difere da conduta adotada nos anos de Jair Bolsonaro (PL).

“A nota divulgada pelo Bacen está muito mais crítica ao governo do que acontecia no ano passado, quando o Banco Central não deu um pio sobre as façanhas orçamentárias de Bolsonaro para se reeleger. Aliás, o ‘mercado’ também aquiesceu”, escreveu Gleisi nas redes sociais.

O último encontro do Copom ocorreu em 1º de fevereiro, quando o colegiado optou por manter a Selic em 13,75%, decisão já antecipada pelo mercado. Trata-se do maior nível desde janeiro de 2017. Nas últimas quatro reuniões, o BC decidiu não mexer no índice. Antes, foram 12 elevações seguidas.

Na ata a justificar a decisão, o BC mencionou “a incerteza ao redor de seus cenários e um balanço de riscos com variância ainda maior do que a usual para a inflação prospectiva”. Avaliou, porém, que o pacote fiscal do ministro da Fazenda, Fernando Haddad, “atenuaria os estímulos fiscais sobre a demanda, reduzindo o risco de alta sobre a inflação”.

Na segunda-feira 6, o presidente Lula (PT) afirmou não haver “justificativa nenhuma” para a Selic estar em 13,75% ao ano. “É só ver a carta do Copom para a gente saber que é uma vergonha esse aumento de juro e a explicação que eles deram à sociedade brasileira”, avaliou o presidente.

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