Mundo

assine e leia

Jogo de cena?

O plano de paz para a Ucrânia proposto pela China é recebido com ceticismo pela diplomacia ocidental

Um freio à Otan. Wang Yi defende a integridade territorial da nação invadida, mas pede respeito aos “legítimos interesses” de segurança da Rússia - Imagem: Odd Andersen/AFP
Apoie Siga-nos no

Líderes ocidentais reagiram com nervosismo a um plano de paz chinês para a Ucrânia, mas aprovaram cautelosamente a medida como um primeiro sinal de que a China reconhece que a guerra não pode ser considerada apenas um assunto europeu. Falando na Conferência de Segurança de Munique, o principal diplomata chinês, Wang Yi, um dos poucos políticos externos capazes de influenciar a Rússia, anunciou que seu país apresentaria sua iniciativa de paz no aniversário da guerra e já teria consultado Alemanha, Itália e França sobre as suas propostas.

O plano de paz enfatizaria a necessidade de defender os princípios de soberania, integridade territorial e a Carta da ONU. Ao mesmo tempo, emendou Wang Yi, os legítimos interesses de segurança da Rússia devem ser respeitados. Diplomatas europeus não sabem ao certo quão específica Pequim pretende ser, ou se o plano se resume a discursos sobre soluções pacíficas que às vezes caracterizam a postura chinesa. Um movimento para retratar o Ocidente como belicista pode encontrar ecos no Sul global.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo