Economia

Elevação de juros em meio à fragilidade da economia mundial agrava o cenário, diz Haddad no G20

Segundo o ministro, instituições multilaterais devem ser capitalizadas para apoiar os países em desenvolvimento com taxas de juros adequadas

O ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Foto: Marcelo Camargo/Agência Brasil
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O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, demonstrou preocupação nesta sexta-feira 24 com a elevação dos juros e o endividamento de países mais pobres. Segundo ele, bancos multilaterais devem promover reformas internas a fim de direcionar recursos para ações de alimentação, combate à pobreza e enfrentamento à crise climática.

As declarações foram concedidas durante pronunciamento em reunião do G20 na Índia. O grupo é formado pelos ministros de finanças e chefes dos bancos centrais das 19 maiores economias do mundo mais a União Europeia. O presidente do Banco Central brasileiro, Roberto Campos Neto, também representa o País na agenda.

Haddad afirmou que as instituições multilaterais devem ser capitalizadas para apoiar os países em desenvolvimento com financiamento de longo prazo, taxas de juros adequadas e estruturas inovadoras para reduzir riscos, estimular parcerias público-privadas e atrair investimentos privados.

“A elevação dos juros em meio à fragilidade da economia mundial agrava o cenário. Devemos continuar o trabalho que está sendo realizado no Marco Comum e outros esforços de coordenação coletiva. Ter mecanismos para uma reestruturação ordenada e oportuna é do interesse de credores e devedores.”

Um dos exemplos de bancos multilaterais é o chamado Banco dos Brics, bloco formado por Brasil, Rússia, Índia, China e África do Sul. Após os anos de Jair Bolsonaro (PL), o grupo deve voltar a ganhar atenção do governo brasileiro.

Ainda de acordo com Haddad, o Brasil estava “isolado”, mas reconstruirá sua presença internacional e estimulará a inclusão e um futuro sustentável, com diminuição das desigualdades e o alcance das metas de redução de emissões de carbono – em especial para projetos dos países em desenvolvimento e emergentes.

“O financiamento climático é mais caro e apresenta taxas de risco mais altas para esses países, o que dificulta o alcance das metas de redução de emissões de carbono”, avaliou o petista.

(Com informações da Agência Brasil)

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