CartaExpressa
Torres decide não depor à CPI do DF sobre os atos golpistas de 8 de janeiro
A oitiva está agendada para esta quinta-feira 9, na Câmara Legislativa
A defesa do ex-secretário de Segurança Pública do Distrito Federal Anderson Torres informou, nesta quarta-feira 8, que ele não comparecerá à CPI dos Atos Antidemocráticos na Câmara Legislativa do Distrito Federal. O depoimento está marcado para esta quinta 9. A confirmação sobre a ausência do ex-ministro da Justiça foi feita ao G1.
Na terça 7, o ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, autorizou Torres a faltar à oitiva. Se for à comissão, o bolsonarista terá o direito de permanecer em silêncio.
A CPI dos Atos Antidemocráticos iniciou seus trabalhos na semana passada, quando os parlamentares ouviram o delegado Fernando de Souza Oliveira, chefe interino da secretaria durante os atos golpistas de 8 de janeiro. No depoimento, ele afirmou que a Polícia Militar não executou o plano de segurança elaborado.
Preso preventivamente desde janeiro, Anderson Torres é investigado por omitir-se diante da invasão bolsonarista aos prédios dos Três Poderes. Na semana passada, Moraes rejeitou um pedido da defesa e manteve o ex-secretário preso.
Relacionadas
CartaExpressa
Recusa a aborto legal foi ‘momentânea’, diz prefeitura de SP ao STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Caso Marielle: Moraes nega pedido de advogados e mantém irmãos Brazão e Rivaldo na prisão
Por CartaCapitalCartaExpressa
Moraes mantém prisão preventiva de ‘Fátima de Tubarão’ pelo 8 de Janeiro
Por CartaCapitalCartaExpressa
STF condena mais 2 envolvidos no 8 de Janeiro a 17 anos de prisão
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.