Política

Governo não se curvará diante de ameaças criminosas, diz Alckmin sobre plano do PCC

O vice-presidente citou uma série de medidas tomadas contra a facção quando foi governador de São Paulo

O vice-presidente do Brasil, Geraldo Alckmin. Foto: Joédson Alves/ Agência Brasil
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O vice-presidente, Geraldo Alckmin (PSB), afirmou nesta quinta-feira 23 que o governo federal não irá ‘se curvar’ diante das ameaças do Primeiro Comando da Capital (PCC) de assassinar autoridades. Os planos foram desmantelados pela Operação Sequaz, deflagrada na quarta-feira 22 pela Polícia Federal.

“O governo do presidente Lula não se curvará diante de ameaças criminosas como essa. O Estado brasileiro não admitirá ameaças à ordem pública, nem ameaças a sua população”, disse Alckmin em um vídeo divulgado nas redes sociais.

Na publicação, o vice-presidente não cita o senador Sergio Moro (União Brasil-PR), apontado até aqui como o principal alvo dos planos de assassinato do PCC. No vídeo, lembra apenas que ele próprio, quando foi governador, se tornou também um alvo da organização criminosa.

“Essa não é a primeira vez que isso aconteceu. Ao tempo em que fui governador de São Paulo, outras investigações já haviam revelado ameaças deste tipo direcionadas a mim e aos meus secretários”, lembra Alckmin antes de listar uma série de ações tomadas contra a facção por ele como governador e por Lula, como presidente na época. Entre as ações listadas estão a instalação de bloqueadores de sinal de celular e a transferências de integrantes do PCC para unidades de segurança máxima.

Segundo Alckmin, é este ‘trabalho em prol da segurança’ feito pelos políticos  que teria ‘incomodado o crime organizado’.

Na quinta-feira, após a juíza Gabriela Hardt tirar o sigilo dos documentos da Operação Sequaz, foi possível ver detalhes do suposto plano de assassinato de autoridades, além da informação de que os criminosos tinham acesso ao sistema de monitoramento de câmeras do governo de São Paulo. A derrubada do sigilo foi criticada pelo chefe da Secom. Alckmin, porém, não comentou a decisão.

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