CartaExpressa
Auxiliares de Bolsonaro na mira da PF multiplicaram ganhos em viagens aos EUA
Diárias e passagens aéreas de quatro investigados custaram 467 mil reais aos cofres públicos
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/05/mauro-cid-e-bolsonaro.jpg)
Assesssores de Jair Bolsonaro (PL) embolsaram quase 400 mil reais em diárias durante viagens aos Estados Unidos com o ex-presidente entre dezembro de 2022 e março deste ano. O montante é mais que o dobro do que eles ganharam com esse tipo de verba durante todo o mandato, conforme dados do Portal da Transparência compilados pelo UOL e pela Agência Fiquem Sabendo.
O ex-policial militar Max Guilherme Moura e os militares Sérgio Cordeiro, Mauro Cid e Marcelo Câmara foram a Orlando, na Flórida, após Bolsonaro deixar o Brasil, em 30 de dezembro. Os três primeiros foram presos na semana passada, enquanto Câmara foi alvo de busca e apreensão, todos sob suspeita de participar de um esquema de fraude em certificados de vacinação.
Segundo os dados, diárias e passagens aéreas dos quatro investigados custaram 467 mil reais aos cofres públicos ao longo do período em que Bolsonaro esteve nos EUA. 85% do valor se refere a diárias.
O governo bancou 397 mil reais em diárias aos quatro assessores entre dezembro e março. Durante toda a gestão Bolsonaro, o grupo havia recebido 174 mil reais na modalidade.
Guilherme esteve 64 dias nos Estados Unidos durante a viagem de Bolsonaro, enquanto Cordeiro e Câmara permaneceram por 63 e Cid por dois. Procurados, os citados não responderam ao veículo.
Relacionadas
CartaExpressa
‘Tem que responder pelos crimes, diz Padilha sobre Bolsonaro
Por CartaCapitalCartaExpressa
EUA anunciam nova doação de US$ 47 milhões para o Fundo Amazônia
Por CartaCapitalCartaExpressa
A explicação do governo da Argentina sobre Milei não buscar encontro com Lula em viagem ao Brasil
Por CartaCapitalCartaExpressa
Após indiciamento pela PF, Sérgio Reis anuncia cateterismo e cancela shows
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.