CartaExpressa
No sistema do TSE, status de Deltan já é ‘não eleito’
Segundo a Corte, o ex-procurador recorreu a uma ‘manobra’ para contra 15 procedimentos administrativos em trâmite no CNMP
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/05/Sem-Título-4-2.jpg)
O ex-procurador Deltan Dallagnol (Podemos-PR) já aparece no sistema da Justiça Eleitoral como “não eleito”. Na terça-feira 16, o Tribunal Superior Eleitoral decidiu, por unanimidade, declarar inválida a candidatura e cassar o mandato do deputado federal.
O TSE, porém, ainda comunicará oficialmente o Tribunal Regional Eleitoral do Paraná sobre a decisão. A Corte também deve enviar ainda nesta quarta uma notificação à Câmara para formalizar a determinação contra Deltan.
Segundo a tese vencedora na Corte, a “manobra” de Deltan para deixar o Ministério Público Federal e se candidatar à Câmara “impediu que os 15 procedimentos administrativos em trâmite no CNMP em seu desfavor viessem a gerar processos administrativos disciplinares, que poderiam ensejar pena de aposentadoria compulsória ou perda do cargo”.
Em seu voto, o relator, Benedito Gonçalves, sustentou que “quem pretensamente renuncia a um cargo para, de forma dissimulada, contornar vedação estabelecida em lei, que é a indisponibilidade de disputar a eleição, incorre em fraude à lei”.
O voto foi integralmente seguido pelos ministros Raul Araújo, Sérgio Banhos, Carlos Horbach, Cármen Lúcia, Kassio Nunes Marques e Alexandre de Moraes.
Veja o registro de Deltan Dallagnol no sistema do TSE:
Relacionadas
CartaExpressa
Justiça de Santa Catarina manda casal vacinar as filhas em até 60 dias e fixa multa
Por CartaCapitalCartaExpressa
Novo edital do Mais Médicos terá 3.184 vagas e política de cotas, anuncia Nísia
Por Agência BrasilCartaExpressa
Governo brasileiro condena ataques terroristas que deixaram 32 mortos na Nigéria
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.