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Gripe aviária se espalha no Chile e mata quase 9 mil animais marinhos

Dados do Serviço Nacional de Pesca mostram que a doença está presente em 12 das 16 regiões do país

Registro de um animal morto na região de Magallanes, no Chile, em 25 de maio de 2023. Foto: AFP/Sernapesca
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Quase 9.000 lobos-marinhos, pinguins-de-Humboldt, lontras-marinhas, cetáceos menores e um huillín morreram até agora neste ano devido à gripe aviária que está afetando severamente a costa norte do Chile.

Os dados do Serviço Nacional de Pesca, divulgados nesta quinta-feira 25, mostram que a doença – que conseguiu se transmitir para mamíferos marinhos – está presente em 12 das 16 regiões do país.

A última espécie afetada é o huillín, um tipo de lontra que também é um mamífero marinho, que encalhou na região de Magallanes, a mais ao sul do país.

“Ao ter uma nova espécie e região confirmadas, ativam-se os protocolos de vigilância ativa da costa, coordenando o enterro dos animais encalhados com as autoridades responsáveis, buscando assim evitar a propagação do vírus”, afirmou o diretor nacional em exercício do Sernapesca, Esteban Donoso.

Até agora, no total, “foram contabilizados 7.654 exemplares de lobos-marinhos, 1.186 pinguins-de-Humboldt, 25 lontras-marinhas, 19 marsopas, 12 golfinhos-chilenos e 1 huillín encalhados mortos nas costas do país”, informou o Sernageomín em um comunicado.

As costas do norte do país são as mais afetadas. No fim de semana passado, nas praias da região de Chañaral, foram encontrados mortos mais de 227 lobos-marinhos e 45 pinguins-de-Humboldt.

No final de março, o Chile relatou o primeiro caso de contágio de gripe aviária em humanos: um homem de 53 anos que teve um quadro de influenza “grave”.

De acordo com as autoridades de Saúde do Chile, não há transmissão de pessoa para pessoa. Os humanos contraem a gripe aviária apenas por contato com animais doentes.

O país também detectou o vírus em aves silvestres.

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