CartaExpressa

MP-SP pede abertura de inquérito contra sertanejo Bruno para apurar transfobia

Durante uma entrevista com a repórter trans, da Rede TV, Lisa Gomes, o cantor perguntou à profissional se ela tinha pênis

Crédito: Reprodução Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

O Ministério Público de São Paulo solicitou abertura de inquérito contra o cantor sertanejo Bruno, da dupla Bruno & Marrone, por suposto crime de transfobia. O MP solicitou à Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância que faça a investigação do caso.

O cantor foi denunciado em maio pela Associação Brasileira de Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis, Transexuais e Intersexos após conduta com a repórter trans, da Rede TV, Lisa Gomes.

Antes de ser entrevistado durante um evento, o cantor perguntou à jornalista se ela tinha pênis. “Você tem pau?”, questionou Bruno, deixando a profissional visivelmente constrangida.

Mais tarde, o cantor chegou a pedir desculpas e classificou a própria atitude como infantil. A apresentadora, porém, manteve a posição de que se sentiu humilhada pela pergunta.

“Foi horrível. Nunca me senti tão humilhada na minha vida e olha que já sofri muito preconceito”, disse Lisa após o ocorrido.

Na representação ao MP, o cantor teve a prisão requisitada. A entidade autora da solicitação indicou também a suspensão das atividades profissionais do sertanejo como forma de punição no caso.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar