CartaExpressa

Governo sanciona lei que volta a exigir exame toxicológico para motoristas profissionais

O despacho veta, porém, propostas de multa e impedimento previstas na proposta original; entenda

Trânsito em São Paulo
Foto: Agência Brasil Trânsito em São Paulo. Foto: Agência Brasil
Apoie Siga-nos no

O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) sancionou a lei que volta a tornar obrigatória a realização de exame toxicológico para motoristas profissionais. 

O despacho, publicado na edição desta terça-feira 20 do Diário Oficial da União (DOU), vetou dois trechos do projeto aprovado no Congresso: o primeiro estabelecia uma multa para os motoristas que perderem o prazo para fazer o exame após 30 dias da data estabelecida; já o segundo impedia o motorista profissional de dirigir qualquer veículo, em caso de resultado positivo no exame toxicológico, até resultado negativo em novo exame.

No primeiro caso, o Congresso considerou que a infração deveria ser considerada gravíssima. O governo federal justificou o veto por considerar que a penalização é desproporcional. Isso não significa, como mencionado, que o exame deixe de ser obrigatório: caso o motorista profissional não o faça, poderá ser multado. Em caso de reincidência no período de 12 meses, terá o direito de dirigir suspenso.

O segundo caso foi vetado pelo presidente porque o governo considerou que o trecho é inconstitucional. Para o governo, os motoristas cujos exames toxicológicos sejam positivos só podem ser impedidos de dirigir nas categorias de habilitação nas quais o exame é exigido, como C, D e E, que envolvem caminhões e ônibus, por exemplo. Os exames voltarão a ser exigidos a partir do próximo dia 1 de julho.

O despacho publicado hoje alterou as competências dos órgão de trânsito municipais, que passam, agora, a ser responsáveis pela fiscalização de infrações relacionadas a excesso de velocidade, estacionamento proibido, parada proibida, veículo transitando de forma inadequada, entre outras irregularidades.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

 

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.

CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.

Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar