Política

Deputada aciona o MPF e pede investigação contra Bolsonaro por estelionato

Luciene Cavalcante (PSOL-SP) se baseia em relatório do Coaf sobre o investimento de R$ 17 milhões do ex-capitão após ‘vaquinha’

O ex-presidente Jair Bolsonaro. Foto: Sergio Lima/AFP
Apoie Siga-nos no

A deputada federal Luciene Cavalcante (PSOL-SP) protocolou uma representação no Ministério Público Federal para que Jair Bolsonaro (PL) seja investigado por estelionato.

O pedido ocorre após o Conselho de Controle de Atividades Financeiras informar que o ex-presidente fez um aporte de 17 milhões de reais em investimentos de renda fixa, um valor equivalente aos recursos que ele recebeu via Pix no primeiro semestre.

Na peça, Cavalcante aponta que o montante foi arrecadado em uma campanha que teria o objetivo de quitar multas impostas ao ex-capitão por descumprir normas sanitárias durante a pandemia. Bolsonaro, porém, ainda não pagou uma dívida que se aproxima de 1 milhão de reais com o estado de São Paulo.

Durante um evento público do PL, ele chegou a ironizar o valor arrecadado e disse que, além de pagar as multas, sobraria dinheiro para “tomar um caldo de cana e comer um pastel com a Michelle”. A “vaquinha” foi lançada por bolsonaristas nas redes sociais.

A deputada do PSOL sustenta que em nenhum momento Bolsonaro “deixou nítida aos doadores a finalidade das doações, ludibriando-os de que seriam voltadas para o pagamento das multas decorrentes de violações de normas sanitárias no estado de São Paulo, mas, ao fim, tornaram-se mais uma fonte de sua renda pessoal”.

A parlamentar sustenta que investigar a origem das doações de alto valor é necessário “para evitar a utilização do mecanismo de Pix para crimes como lavagem de dinheiro”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo