Mundo

Na véspera da eleição, prefeito sofre atentado a tiros no Equador

País sofre com o aumento da violência na reta final da escolha dos novos representantes políticos

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

O prefeito da cidade litorânea de La Libertad, Francisco Tamariz, denunciou ter sido vítima de um ataque a tiros neste sábado (19), véspera das eleições gerais antecipadas no Equador.

“Tentaram ME MATAR!” publicou no X, antigo Twitter, o político – próximo do ex-presidente socialista Rafael Correa (2007-2017).

Tamariz acrescentou que há “mais de 8 testemunhas” do ataque, registrado por volta da meia-noite de sexta-feira, no qual a polícia supostamente participou.

Tamariz viajava com sua esposa e outros dois parentes em um veículo blindado, alvo de cerca de 30 disparos. Ele destacou que todos saíram ilesos do ataque.

Correa, cuja candidata Luisa González é favorita para a eleição presidencial deste domingo, republicou a denúncia que o prefeito de La Libertad – cidade no sudoeste, com cerca de 100 mil habitantes – havia publicado no X.

A Polícia e o governo não se pronunciaram sobre o fato.

No Facebook, Tamariz disse posteriormente que ao retornar do porto de Guayaquil, no sudoeste, sua caminhonete blindada foi alvejada por duas pessoas à paisana que saíram de um veículo policial.

“Começaram a metralhar a viatura em questões de segundo (…), começaram a disparar contra nós, sequer questionaram quem estava ali”, disse ele em comunicado, feito ao lado da esposa. Ambos apareceram com coletes à prova de balas.

“Se (o carro) não fosse blindado, irmão equatoriano, eu não estaria aqui. Seria impossível para mim estar falando com você com 30 tiros que foram (…) direcionados à caminhonete”, acrescentou o prefeito.

Nos últimos anos, o Equador enfrentou uma onda de violência ligada ao narcotráfico, com massacres em prisões, que deixaram mais de 430 presos mortos desde 2021 e uma taxa recorde de 26 homicídios por 100.000 habitantes nas ruas em 2022, quase o dobro do ano anterior.

Ao sair de um comício em Quito, em 9 de agosto, o candidato à eleição Fernando Villavicencio (centro), que estava em segundo lugar nas intenções de voto, de acordo com uma pesquisa, foi morto a tiros.

Em plena campanha para as eleições deste domingo, também foram assassinados outro prefeito, um candidato a deputado e um líder local do correísmo – força de esquerda do ex-presidente Rafael Correa.

Na quinta-feira, durante o encerramento da campanha, o candidato presidencial Daniel Noboa (direita) denunciou um ataque a tiros contra sua caravana, do qual saiu ileso. As autoridades contradizem sua versão.

(Com informações de AFP)

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo