CartaExpressa
Avião de líder do Wagner estava sem manutenção da Embraer por causa de sanções
As sanções contra a Rússia se intensificaram em 2019, levando a suspensão do suporte da Embraer
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/08/Embraer_ERJ-135BJ_Legacy_600_London_Executive_Aviation_JP6974088.jpg)
O avião Legacy, que caiu e matou o líder do Grupo Wagner, Yevgeny Prigozhin, não recebia manutenção por parte da fabricante brasileira Embraer deste 2019 por causa de sanções internacionais.
A queda do avião aconteceu nesta quarta-feira 23 e matou o líder do grupo russo. Segundo nota enviada pela Embraer, a “empresa tem cumprido as sanções internacionais impostas à Rússia, levando à suspensão do serviço de suporte ao avião desde 2019”.
As primeiras sanções internacionais contra a Rússia por causa de disputas territoriais com a Ucrânia foram impostas em 2014. As sanções se intensificaram em 2019, levando a suspensão do suporte da Embraer.
Ainda no comunicado à imprensa, a Embraer disse que até o momento não tem maiores informações sobre o caso. Prigozhin, estava em um avião do modelo Legacy 600 que caiu durante o trajeto entre Moscou e São Petersburgo.
O jato foi fabricado há 16 anos e já tinha passado por operadores na Eslovênia, Áustria, Turquia e na Ilha de Man, antes de ser vendido ao Grupo Wagner. O modelo chega a custar US$ 8,7 milhões (cerca de R$ 42,4 milhões).
Relembre histórico de tensões
A queda do avião ocorreu exatos dois meses após Prigozhin liderar uma rápida rebelião contra a cúpula do Exército russo.
Naquela sexta-feira 23 de junho, o líder do Wagner anunciou a ocupação do quartel-general em Rostov, um centro nevrálgico das operações na Ucrânia, e garantiu controlar várias instalações militares.
Pouco antes, Prigozhin havia acusado o Exército de bombardear suas bases na retaguarda do front com a Ucrânia, provocando “um grande número” de vítimas entre os seus combatentes.
Relacionadas
CartaExpressa
Sâmia Bomfim apresenta projeto para que delegacias especializadas em crimes raciais funcionem 24h
Por Wendal CarmoCartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.