Política
Lula diz que governo estuda abertura de Consulado Geral na capital de Angola
É a primeira vez em três mandatos que o presidente Lula visita oficialmente o continente africano
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/08/000_33TN87Z.jpg)
O presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) afirmou neste sábado 26 que o governo estuda abrir um Consulado Geral em Luanda. A declaração foi dada durante participação em evento no Instituto Guimarães Rosa, na capital da Angola.
“Com aproximadamente 30 mil brasileiros, a Angola já abriga a nossa maior comunidade em todo continente africano, por isso, instrui o chanceler Mauro Vieira a estudar a abertura de um consulado geral em Luanda, que será o primeiro em um país de língua portuguesa na África”, afirmou.
Durante a coletiva, o presidente também afirmou que o Brasil voltará a investir no continente africano. Na sexta-feira 25, ele assinou sete acordos de cooperação com a Angola que preveem apoio em áreas como agricultura, saúde, educação e cultura.
Nas redes sociais, Lula também problematizou a ausência de conexões aéreas entre o Brasil e o continente africano e afirmou que conversará com linhas aéreas e o ministro dos Transportes, Renan Filho, para encontrar possíveis ‘soluções’.
Eu quero discutir como o país do tamanho do Brasil não tem voos diretos para o continente africano. Quando eu voltar para o Brasil, vou conversar com as companhias aéreas, com o Ministério do Transporte. Vamos buscar soluções para esse problema.
— Lula (@LulaOficial) August 26, 2023
Lula foi para Angola após o encerramento da 15ª Cúpula de líderes do Brics, na África do Sul. No encontro, o bloco votou pela abertura para novos seis países membros.
Desde que assumiu novamente a presidência, Lula tem focado no resgate das relações internacionais, fragilizadas pelo governo de Jair Bolsonaro. Mas em três mandados, essa é a primeira vez que o presidente brasileiro realiza uma visita oficial ao continente africano.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.