CartaExpressa
Moraes nega acesso de Bolsonaro e Michelle a depoimento de Mauro Cid
A oitiva faz parte da investigação sobre o desvio de joias recebidas pelo governo do ex-capitão
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/03/Sem-Título-1-2.jpg)
O ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal, negou à defesa do ex-presidente Jair Bolsonaro e da primeira-dama Michelle Bolsonaro o acesso a um depoimento prestado pelo tenente-coronel Mauro Cid. A decisão, mantida em sigilo, foi divulgada pela GloboNews nesta segunda-feira 11.
Bolsonaro e Michelle pediram ao STF uma cópia de todos os depoimentos prestados à PF em 31 de agosto no âmbito da investigação sobre um suposto esquema de desvio de joias recebidas pelo governo do ex-capitão.
Naquele dia, o casal ficou em silêncio, sob a alegação de que o Supremo não seria o foro adequado para investigar o caso das joias. O advogado Fabio Wajngarten e o ex-assessor Marcelo Câmara também não responderam aos questionamentos dos policiais.
Também prestaram depoimento:
- Mauro Cid: ex-ajudante de ordens de Bolsonaro.
- Mauro Lourena Cid: general da reserva do Exército e pai de Mauro Cid;
- Frederick Wassef: advogado de Bolsonaro; e
- Osmar Crivellati: ex-assessor de Bolsonaro.
Moraes autorizou o acesso de Bolsonaro e Michelle aos depoimentos de Lourena Cid, Crivelatti e Wassef.
A negativa sobre a oitiva de Mauro Cid, porém, tem relação com a delação premiada firmada entre o militar e a PF. Moraes homologou a colaboração no último sábado 9.
Relacionadas
CartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalCartaExpressa
‘Censor-geral da República’: a brincadeira de Toffoli com Moraes em julgamento no STF
Por CartaCapitalCartaExpressa
Liberar porte de 25g de maconha tiraria 42 mil pessoas da prisão, aponta Ipea
Por André LucenaApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.