Política
Linha privatizada da CPTM leva 27 horas para retomar operação total após pane elétrica
A falha foi registrada por volta das 14h da terça-feira 3, dia de greve de trabalhadores contra privatizações do governo de Tarcísio de Freitas
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A Linha 9-Esmeralda da CPTM, em São Paulo, voltou a funcionar plenamente após as 17h desta quarta-feira 4. Foram, ao todo, mais de 27 horas de paralisação parcial, devido a uma falha elétrica registrada por volta das 14h da terça-feira 3.
A ViaMobilidade é a concessionária responsável por administrar a linha. A pane começou exatamente no dia em que funcionários do Metrô, da CPTM e da Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo, a Sabesp, promoveram uma greve unificada para reivindicar melhores condições de trabalho e contestar a privatização dos serviços.
Segundo a concessionária, o trabalho de manutenção envolveu “cinco frentes de trabalho, com cerca de 70 colaboradores”. A empresa sustenta que a falha tem de ser investigada por suspeita de vandalismo e registrou um boletim de ocorrência na terça.
Em outra frente, o Ministério Público de São Paulo decidiu voltar a investigar as falhas na operação da Linha 9, alvo de constantes interrupções no funcionamento. Os casos já motivaram um acordo a prever o pagamento de 150 milhões de reais em indenização aos cofres públicos.
Logo no início da terça-feira, o governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) celebrou o fato de linhas privatizadas estarem em funcionamento no dia da greve. A paralisação de trabalhadores, segundo ele, reforçou a decisão da gestão estadual de estudar a concessão de linhas do Metrô e da CPTM.
Às 13h58, no entanto, a ViaMobilidade registrou a falha no sistema elétrico e paralisou a circulação de trens entre as estações Morumbi e Villa Lobos-Jaguaré. Ônibus de um plano emergencial tiveram de ser acionados.
A empresa controla a operação e a manutenção das linhas 8-Diamante e 9-Esmeralda. O contrato com o governo de São Paulo, assinado em 30 de junho de 2021, vale por 30 anos.
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