Economia

Após demissões por telegrama, metalúrgicos da GM aprovam greve

‘Está declarada a guerra pelo cancelamento das demissões’, diz sindicato. A paralisação começa nesta segunda-feira 23

Foto: Stan Honda/AFP
Apoie Siga-nos no

Os metalúrgicos da General Motors de São José dos Campos, Mogi das Cruzes e São Caetano do Sul, em São Paulo, aprovaram uma greve por tempo indeterminado, a partir desta segunda-feira 23.

Trata-se de uma reação à decisão da GM de demitir funcionários de suas fábricas nos três municípios paulistas. Em comunicado, a empresa alegou uma “queda nas vendas e nas exportações”, o que teria gerado a necessidade de “adequar seu quadro de empregados”.

Segundo o Sindicato dos Metalúrgicos de São José dos Campos, a condição para a volta ao trabalho é o cancelamento de todas as demissões anunciadas no sábado 21 por meio de telegramas e e-mails.

A entidade diz ainda que, em São José dos Campos, a GM tem um acordo de layoff (suspensão temporária do contrato de trabalho) a garantir estabilidade no emprego para todos os funcionários até maio de 2024.

Está declarada a guerra pelo cancelamento das demissões. O que a GM fez foi uma covardia e um absoluto desrespeito aos trabalhadores e ao acordo assinado”, afirma o vice-presidente do sindicato, Valmir Mariano. “Não vamos tolerar nem uma demissão sequer. Vamos exigir dos governos federal e estadual medidas imediatas pelo cancelamento das demissões.”

Em nota, a GM argumentou ainda que a medida foi tomada após várias tentativas de layoff, férias coletivas, days off  (dias de folga) e propostas de desligamento voluntário.

“Entendemos o impacto que essa decisão pode provocar na vida das pessoas, mas a adequação é necessária e permitirá que a companhia mantenha a agilidade de suas operações, garantindo a sustentabilidade para o futuro.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo