Sociedade

Polícia prende mais um envolvido na morte de crianças em Belford Roxo

Em 2020, três meninos foram torturados e executados após suposto furto do passarinho de um dos traficantes do Comando Vermelho. Os corpos das crianças nunca foram encontrados

Wesley Rodrigues Freitas, conhecido como 'Pouca Perna' — Foto: Reprodução
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A Polícia Civil do Rio de Janeiro prendeu, na tarde de terça-feira 31, um dos suspeitos de envolvimento no assassinato e tortura de três crianças do Morro do Castelar, em Belford Roxo.

Segundo a corporação, o homem preso é Wesley Rodrigues Freitas, conhecido como ‘Pouca Perna’. Ele é apontado como gerente do tráfico de drogas na comunidade e estava sendo monitorado pela Delegacia de Repressão a Entorpecentes (DRE). 

Em ação conjunta, agentes da Delegacia de Homicídios da Baixada Fluminense (DHBF) e da DRE cumpriram o mandado de prisão em aberto contra Freitas pela morte de Lucas Matheus, de 9 anos, Alexandre da Silva, de 11, e Fernando Henrique, de 12, em 2020. Ele também foi preso por tráfico de drogas. 

Wesley Rodrigues Freitas, conhecido como ‘Pouca Perna’, preso por participação na tortura e execução de 3 crianças, em Belford Roxo — Foto: Reprodução

As investigações mostraram que as crianças foram torturadas e mortas pelos traficantes porque uma delas havia furtado o passarinho do tio do traficante Wiler Castro da Silva, o ‘Estala’, morto pela cúpula do Comando Vermelho. O caso aconteceu em dezembro de 2020.

Um mês depois, na tentativa de encobrir o crime, os traficantes torturam um morador — Jonathan dos Santos de Paula, de 26 anos — para que ele confessasse o crime. No entanto, a participação dele foi descartada pela polícia. 

Em 2021, os agentes prenderam o traficante conhecido como ‘Bambam’, suspeito de ter torturado Jonathan para atrapalhar as investigações do caso.

Já em janeiro deste ano, a polícia prendeu Maxwell Douglas Cordeiro Rodrigues, conhecido como Rato do Castelar, por participação no assassinato.

Outros dez acusados pelo crime foram denunciados pelo Ministério Público do Rio à Justiça.

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