CartaExpressa
Pastelaria do RS denuncia racismo cometido por cliente: ‘Mande um motoboy branco’
O caso é investigado pela Polícia que busca a confirmação da autoria da mensagem, sendo possível a responsabilização pelo crime de injúria racial
Uma pastelaria localizada no município de Campo Bom, no Rio Grande do Sul, denunciou um caso de racismo cometido por um suposto cliente. O caso ganhou repercussão na quarta-feira 15.
O estabelecimento, que faz entregas via delivery majoritariamente, recebeu um pedido via aplicativo com uma orientação de que um ‘motoboy branco’ fosse escalado para entregar o pedido.
“Última vez veio um motoboy negro, peço a gentileza que mande um branco, não gosto de pessoas assim encostando na minha comida”, escreveu a cliente no campo das observações.
O homem negro mencionado é Gabriel Fernandes da Cunha, dono do estabelecimento junto com a esposa, Daniela Oliveira. Ele é quem cuida das entregas da pastelaria em dias de muito movimento.
Após receber a mensagem, o casal registrou um boletim de ocorrência sobre o caso.
A Polícia Civil do Rio Grande do Sul investiga o caso. A primeira informação fornecida pela polícia, no entanto, diz que o síndico do condomínio não reconhece o nome da cliente como moradora do conjunto. O apartamento informado no pedido também não bate com o endereço.
O caso, diz a PC-RS, segue sendo investigado para confirmação da autoria da mensagem, sendo possível a responsabilização pelo crime de injúria racial.
A rede da pastelaria A Hora do Pastel fez uma publicação em solidariedade aos proprietários da unidade, repudiando os comentários racistas.
Relacionadas
CartaExpressa
Nível da água no Guaíba gera novo alerta no Rio Grande do Sul
Por CartaCapitalCartaExpressa
PF prende três suspeitos pelo assalto no Aeroporto de Caxias do Sul
Por Agência BrasilCartaExpressa
Moraes dá duas horas para redes sociais excluírem novos perfis de Monark
Por CartaCapitalCartaExpressa
Lewandowski: Decisão do STF sobre a maconha aliviará a superlotação das prisões
Por CartaCapitalApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.