Mundo
Itamaraty ordena embaixador do Brasil no Equador a suspender férias
Em meio a uma violenta crise no país, Pompeu Andreucci foi convocado a retomar imediatamente seu posto
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/01/28902855398_8e5cd3da76_k-1.jpg)
O embaixador do Brasil no Equador, Pompeu Andreucci Neto, recebeu uma ordem do Ministério das Relações Exteriores para suspender as férias e retornar imediatamente a Quito.
A expectativa é de que o diplomata se apresente ao ministro Mauro Vieira nesta sexta-feira 12.
A determinação ocorre na semana em que o presidente do Equador, Daniel Noboa, declarou estado de exceção e reconheceu a existência de um conflito armado interno no país.
A crise se deu após a fuga do narcotraficante Fito. Nos últimos dias, houve incêndios nas ruas, saques a comércios e até uma invasão armada a uma emissora de televisão.
Na terça-feira 9, o Itamaraty condenou as “ações de violência conduzidas por grupos criminosos organizados em diversas cidades” e manifestou “solidariedade ao governo e ao povo equatorianos diante dos ataques”. O governo brasileiro também disse que mantém atenção especial à situação dos brasileiros no Equador.
Andreucci está no cargo desde o governo do ex-presidente Jair Bolsonaro (PL).
Durante a crise, o diplomata o se manteve em férias e não havia entrado em contato com a representação brasileira em Quito, segundo informações do jornal O Globo.
Nesse período, um homem brasileiro chegou a ser sequestrado por criminosos no Equador. Thiago Allan Freitas, de 38 anos, foi liberado na quarta-feira 10, segundo familiares.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.