Política

Governo ‘cancela’ demissão de número 3 do Ministério da Justiça

Diego Galdino havia sido exonerado na quinta-feira, pouco antes de Lewandowski ser anunciado como ministro; segundo o MJSP, ele foi ‘recontratado’ para auxiliar na transição

Foto: Reprodução/Redes Sociais
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O governo federal tornou sem efeito a exoneração de Diego Galdino, secretário-executivo adjunto da Secretaria-Executiva do Ministério da Justiça, o terceiro cargo mais importante da pasta.

O cancelamento da exoneração consta do Diário Oficial da União desta sexta-feira 12.

Segundo a Pasta, Galdino ainda está de saída do Ministério, mas deverá permanecer no cargo por mais alguns dias para auxiliar Flávio Dino na transição da gestão para Ricardo Lewandowski, anunciado ontem como o novo chefe da Justiça e Segurança Pública do Brasil.

Após a posse do ex-membro do Supremo Tribunal Federal, marcada para o dia 1º de fevereiro, Galdino deverá, enfim, se desligar oficialmente do MJSP e passará a ocupar um novo cargo, conforme informa em uma publicação de despedida nas redes sociais. Ao que tudo indica, ele deverá acompanhar Dino no Supremo Tribunal Federal, de quem é forte aliado.

Galdinho tem longa história ao lado do ministro. Eles trabalharam juntos quando Dino foi governador do Maranhão e devem manter a parceria na Suprema Corte.

Além de Galdino, é esperada a saída de Ricardo Cappelli, atual número 2 no Ministério. Ainda que seja um nome que possua vasta de confiança de Lula (PT) e que já esteja habituado ao modelo de trabalho, Cappelli deverá ser substituído durante a nova gestão de Lewandowski. Assim como Galdino, Cappelli informou que estará presente até o final da gestão Dino para uma transição.

Lewandowski quer ter como seu número 2 um aliado mais próximo. Para isso, o ex-ministro do STF deverá trazer o seu braço-direito durante sua carreira como magistrado. Trata-se do advogado Manoel Carlos de Almeida Neto, que foi secretário-geral do STF quando Lewandowski era presidente da Corte e é considerado um dos assessores mais próximos do ex-ministro.

Diante disso, Cappelli tem futuro indefinido. Homem de confiança do governo até aqui, ele ganhou destaque no primeiro ano de governo Lula ao ser nomeado interventor da Segurança Pública no DF após as depredações provocadas por bolsonaristas na capital federal.

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