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Biden bloqueia deportação de palestinos nos EUA por motivos humanitários

Biden enfrenta, em pleno ano eleitoral, uma crescente rejeição por apoiar a ofensiva de Israel em Gaza

O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden. Foto: Saul Loeb/AFP
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O presidente dos Estados Unidos, Joe Biden, ordenou a suspensão, por motivos humanitários, da deportação de palestinos dos Estados Unidos por 18 meses, anunciou a Casa Branca nesta quarta-feira 14.

O presidente assinou uma ordem para “adiar a expulsão de certos palestinos” dos Estados Unidos “à luz do conflito atual e das necessidades humanitárias” na Faixa de Gaza, disse o conselheiro de Segurança Nacional, Jake Sullivan.

Biden enfrenta, em pleno ano eleitoral, uma crescente rejeição por apoiar a ofensiva de Israel em Gaza.

O New York Times indicou que essa medida que interrompe as deportações poderia beneficiar cerca de 6.000 palestinos sob uma lei que permite que os migrantes permaneçam nos Estados Unidos se seus países de origem estiverem em crise.

A decisão surge enquanto a Casa Branca tenta apaziguar a crescente indignação entre os eleitores pela guerra de Israel em Gaza, o que poderia prejudicar as chances de reeleição de Biden em novembro.

Mas também ocorre em meio a uma crise migratória devido ao grande número de pessoas que cruzam ilegalmente a fronteira sul do México em direção aos Estados Unidos.

A gestão da questão da imigração tornou-se um dos pontos de conflito entre Biden e os republicanos da Câmara dos Representantes, que continuam bloqueando um pacote de ajuda bilionário para a Ucrânia e Israel, exigindo que o presidente tome medidas mais rígidas de segurança nas fronteiras primeiro.

O memorando de Biden observa que desde 7 de outubro as condições humanitárias em Gaza e em outros territórios palestinos têm “deteriorado significativamente” e que “muitos civis estão em perigo”. “Portanto, ordeno a suspensão da expulsão de certos palestinos presentes nos Estados Unidos”.

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