CartaExpressa

Cariani usou nomes de crianças em esquema fraudulento de hormônios, aponta a PF

A Polícia Federal de São Paulo indiciou o influenciador pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro

Foto: Reprodução/Redes Sociais
Apoie Siga-nos no

Investigações da Polícia Federal encontraram uma troca de mensagens entre o influenciador fitness Renato Cariani e uma parceira de negócios que indicam um esquema fraudulento para comprar remédios com descontos, entre eles o Norditropin, cujo princípio ativo é GH, o hormônio de crescimento.

Segundo os investigadores, Cariani usava nomes de crianças para conseguir os medicamentos. O GH é indicado para favorecer o crescimento ósseo e muscular em crianças com desenvolvimento comprometido. Já no universo dos fisiculturistas, a substância costuma ser utilizada de forma irregular para aumentar a massa muscular e reduzir a gordura corporal.

“Amiga, consegue dois nomes de crianças com os dados dos pais para mim, por favor. Preciso comprar mais daquele medicamento”, escreveu o influenciador em uma das mensagens direcionadas à mulher, identificada como Elen.

As trocas de mensagens aconteceram em julho de 2017 e foram anexadas ao inquérito aberto contra Cariani e já finalizado. A Polícia Federal de São Paulo o indiciou pelos crimes de tráfico equiparado, associação para tráfico de drogas e lavagem de dinheiro. Dois amigos do influenciador também foram indiciados.

A conclusão da PF foi encaminhada para o Ministério Público Federal (MPF), que poderá ou não denunciar o grupo pelos crimes. Até aqui, não houve pedidos de prisão e todos respondem em liberdade.

ENTENDA MAIS SOBRE: , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.