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Paulo Nogueira Batista Jr.
[email protected]Economista. Foi vice-presidente do Novo Banco de Desenvolvimento, estabelecido pelos BRICS em Xangai, e diretor-executivo no FMI pelo Brasil e mais dez países
Parte dela também se tornou tradicional e elitista, perdeu contato com a população
Em vários países do Ocidente e do Sul Global, inclusive no Brasil, a esquerda defronta-se nas décadas recentes com desafios talvez sem precedentes – e não está se saindo bem, de forma geral. Com o passar do tempo, os desafios avolumam-se e a esquerda debate-se sem sucesso contra eles. O Brasil, com Lula, até constitui uma exceção, mas apenas parcial.
Estou me referindo, na verdade, à centro-esquerda, à esquerda moderada. A extrema-esquerda não desempenha papel relevante. Em contraste, no campo da direita, os extremistas, apesar de alguns reveses importantes (notadamente as derrotas eleitorais de Donald Trump e Jair Bolsonaro), continuam fortes, ameaçando os partidos tradicionais de centro-direita e centro-esquerda.
Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
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