Política

Exército confirma o afastamento de militares presos em operação da PF sobre plano golpista

A Força explica que os oficiais foram ‘agregados’ – ou seja, removidos da escala para ficar exclusivamente à disposição da Justiça

Reprodução - Facebook/Centro de Preparação de Oficiais da Reserva de Porto Alegre/LinkedIn
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O Exército formalizou nesta quinta-feira 22 o afastamento de dois militares presos durante uma operação da Polícia Federal sobre a articulação de um golpe de Estado para reverter o resultado da eleição de 2022. O ato foi publicado no Diário Oficial da União.

Um dos afastados é o coronel de cavalaria Bernardo Romão Corrêa Neto, apontado pelas investigações como um ex-braço-direito do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens de Jair Bolsonaro (PL).

O outro alvo da medida é o tenente-coronel Rafael Martins de Oliveira. A PF diz que o militar é um dos “kids pretos” (nomenclatura informal de militares da elite do Exército) e trocou mensagens com Cid a fim de organizar o pagamento de 100 mil reais para levar manifestantes golpistas do Rio de Janeiro a Brasília.

As portarias foram assinadas pelo general de brigada Antônio Bispo de Oliveira Filho, chefe da Diretoria de Controle de Efetivos e Movimentações do Comando do Exército.

Nelas, a Força explica que os oficiais foram “agregados” – ou seja, removidos da escala do Exército para ficar exclusivamente à disposição da Justiça.

Ao mandar prender os militares, o ministro do Supremo Tribunal Federal Alexandre de Moraes também os afastou das funções públicas. As portarias que oficializam o afastamento têm data retroativa a 8 de fevereiro, quando a PF deflagrou a Operação Tempus Veritatis.

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