Política

Após repercussão negativa, PL destituirá assassino de Chico Mendes do comando do partido no Pará

Darci Alves Pereira assumiu o diretório do partido em Medicilândia no final de janeiro; Valdemar Costa Neto, presidente nacional da sigla, alegou que não tinha conhecimento do envolvimento do colega no crime

Darci Alves Pereira (à direita), condenado em 1990 a 19 anos de prisão pelo assassinato de Chico Mendes, é o novo presidente do Partido Liberal de Medicilândia, no Pará - Reprodução/Instagram
Apoie Siga-nos no

O presidente do Partido Liberal, Valdemar Costa Neto recomendou, na noite desta terça-feira 27, a destituição de Darci Alves Pereira, condenado pelo assassinato do ambientalista Chico Mendes, da presidência do diretório do partido em Medicilândia, no Pará.

Segundo dados disponíveis para consulta no Tribunal Superior Eleitoral, Pereira foi indicado para assumir o diretório em novembro do ano passado. Nas redes sociais, ele se anuncia como pré-candidato a vereador.

Em nota, o presidente da sigla afirmou que desconhecia o fato de Pereira, conhecido como “Pastor Daniel”, ser a mesma pessoa condenada pelo assassinato ocorrido em 1988.

“Agradeço à imprensa por trazer ao nosso conhecimento esse importante fato. Diante dessas circunstâncias, recomendei ao presidente da estadual do PL do Pará, deputado Éder Mauro, a imediata destituição de Darci Alves Pereira do cargo, conhecido atualmente como Pastor Daniel”, disse.

Darci Alves Pereira se estabeleceu em Medicilândia após cumprir parte da pena pela execução do ambientalista.

Chico Mendes tinha 44 anos, em 1988, quando foi morto com um tiro no peito no quintal de sua casa, em Xapuri, no Acre.

Dois anos depois, Pereira se entregou à polícia e confessou o crime. Em dezembro de 1990, ele e seu pai, Darly Alves da Silva, foram condenados a 19 anos de prisão.

Apesar do anúncio, a saída de Pereira do cargo ainda não foi oficializada.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo