CartaExpressa

Governo Lula rebate discursos de Tarcísio e Caiado em Israel: ‘Distorcem posição do Brasil sobre guerra’

Governadores bolsonaristas estiveram com Netanyahu nos últimos dias

O presidente Lula. Foto: Evaristo Sá/AFP
Apoie Siga-nos no

O governo federal criticou as declarações dos governadores de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos), e Goiás, Ronaldo Caiado (União Brasil), a respeito da posição do presidente Lula (PT) sobre o conflito na Faixa de Gaza.

Em visita a Israel, na última quarta-feira 20, Tarcísio e Caiado disseram que a abordagem crítica de Lula não representa o que pensa a maioria dos brasileiros. “A posição do povo brasileiro nada tem a ver com a de seu presidente”, destacou Tarcísio, enquanto Caiado pediu “desculpas aos judeus”, dizendo que “a fala do presidente Lula não condiz com o pensamento do Brasil”. 

Reagindo às falas, o Palácio do Planalto divulgou, na noite de ontem, um comunicado em que diz que lamenta “que governadores no exterior distorçam a posição do Brasil sobre o tema, em momento em que o mundo todo se preocupa com os civis palestinos”.

O comunicado destaca que Lula “condenou os ataques do Hamas repetidas vezes e não fez fala contra o povo judeu e sim contra ações do atual governo de Israel, que também foram criticadas por governo do mundo inteiro, inclusive Europa e Estados Unidos, e que são tema de um processo pela África do Sul em Haia”. 

Ontem, aliás, Lula voltou a chamar a guerra na Faixa de Gaza de “genocídio”. No evento de aniversário do PT, Lula discursou dizendo que “as pessoas que defendem paz no mundo não têm muita coragem de defender mulheres e crianças na Faixa de Gaza, que estão sendo assassinadas todos os dias, porque aquilo não é uma guerra, aquilo é um genocídio”.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.