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Delação sem prêmio

Os testemunhos dos ex-comandantes das Forças Armadas não deixam dúvida sobre o início da execução da tentativa de golpe

A invasão do Congresso Nacional no 8 de Janeiro. Foto: AFP
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O bolsonarismo foi o maior desafio enfrentado pela democracia brasileira nas últimas décadas. Medo, ódio, ressentimento, decepção, raiva e angústia foram capturados através de narrativas pretensamente legitimadoras da imposição de mecanismos de segregação e violência, em prejuízo da pluralidade e da tolerância. Como se não bastasse a fragilização do sistema de proteção de direitos e das instituições, os mais recentes detalhes da trama golpista, revelados por testemunhos de ex-comandantes das Forças Armadas, nos mostram, inequivocamente, que foi tentado um golpe de Estado.

Já sabíamos que a execução de uma tentativa de ruptura democrática ocorreu através da elaboração de um Decreto de Estado de Defesa. Nos termos da minuta apreendida na casa do ex-ministro Anderson Torres, o então presidente da República pretendia uma declaração jurídica pretensamente legitimadora do golpe. Ocorre que a minuta de decretação de Estado de Defesa foi apenas um dos capítulos da trama golpista.

Este texto não representa, necessariamente, a opinião de CartaCapital.

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