Mundo
Hamas deixa o Egito após negociação sobre trégua e diz que ‘a bola está com Israel’
O grupo palestino aceitou na última segunda-feira uma proposta apresentada pelos mediadores
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/10/000_33ZE83E-1.jpg)
O movimento palestino Hamas informou nesta sexta-feira 10 que sua delegação deixou o Egito, após participar de negociações sobre uma trégua na Faixa de Gaza, e ressaltou que “a bola está com Israel“.
“A delegação negociadora deixou o Cairo rumo a Doha. A ocupação negou a proposta apresentada pelos mediadores, que havíamos aceitado. Consequentemente, a bola está agora totalmente com a ocupação”, diz o Hamas em uma carta enviada a outras facções palestinas.
O veículo egípcio Al Qahera News, próximo do serviço de inteligência daquele país, reportou que as delegações do Hamas e de Israel haviam deixado o Cairo, após dois dias de negociações. Os esforços de Egito, Catar e Estados Unidos como mediadores das negociações indiretas “continuam, para aproximar as posições das duas partes”, ressaltou o veículo, citando uma fonte do alto escalão egípcio.
O Hamas aceitou na última segunda-feira uma proposta apresentada pelos mediadores, que, segundo um representante do movimento, estabelece uma trégua de três fases, cada uma com duração de 42 dias, e inclui a retirada de Israel da Faixa de Gaza e uma troca de reféns sequestrados pelo Hamas por presos palestinos em Israel, a fim de alcançar “um cessar-fogo permanente”.
Israel respondeu que a proposta está longe das suas exigências e reiterou sua oposição a um cessar-fogo permanente até obter uma vitória completa sobre o Hamas, que, assim como os Estados Unidos e a União Europeia, classifica como terrorista.
O primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu, disse que havia orientado sua delegação no Cairo a “continuar se mostrando firme sobre as condições necessárias para a libertação de reféns”.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/05/Gaza-300x200.jpg)
UNRWA fecha sede em Jerusalém Oriental após novo ataque de ‘extremistas israelenses’
Por AFP![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/05/000_34QM2UA-300x200.jpg)
Irã diz que pode fabricar arma atômica em resposta às ameaças israelenses
Por RFI![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/04/000_34QA9R2-300x200.jpg)
Israel considera ‘muito decepcionante’ ameaça de Biden de suspender fornecimento de armas
Por AFP![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2023/10/000_33YJ9CM-300x200.jpg)