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Modi vence eleições na Índia, mas partido perde maioria

Primeiro-ministro, de 73 anos, chegou ao poder pela primeira vez em 2014

Narendra Modi, primeiro-ministro da Índia. Foto: Arun Sankar/AFP
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O primeiro-ministro nacionalista indiano, Narendra Modi, do Partido Bharatiya Janata (BJP, Partido do Povo Indiano), venceu as eleições gerais da Índia nesta terça-feira 4. Apesar disso, seu partido perdeu a maioria parlamentar pela primeira vez em uma década.

Na ausência de resultados em alguns distritos, a coalizão liderada por Modi obteve pelo menos 272 cadeiras, o necessário para garantir a maioria na câmara baixa, de 543 assentos, de acordo com os resultados da Comissão Eleitoral.

Diante de uma multidão de apoiadores na capital, Nova Délhi, Modi ressaltou que o povo deu um mandato ao BJP e aos seus aliados “pela terceira vez consecutiva”.

“Estou em dívida com todos os cidadãos por seu apoio e amor”, declarou ele, afirmando que o “terceiro mandato será uma das maiores decisões e o país escreverá um novo capítulo de desenvolvimento. Essa é a garantia de Modi.”

“Avançaremos com energia renovada, entusiasmo renovado e determinação renovada”, acrescentou.

Segundo os dados da Comissão Eleitoral, o BJP obteve 224 cadeiras e estava a caminho de conquistar mais 16, chegando a um total de 240, embora os resultados sejam muito piores que os das eleições de 2019, quando ele obteve 303 deputados.

Apesar disso, somando seus aliados, o partido de Modi ultrapassaria os 272 assentos que lhe conferem a maioria parlamentar.

Já o principal partido da oposição, o Congresso Nacional Indiano (legenda de Nehru Gandhi, o primeiro-ministro após a independência do país, e de Indira Gandhi), obteve 88 cadeiras e estava a caminho de conquistar mais 11, em um total de 99 legisladores, contra 52 no atual Parlamento.

Modi foi reeleito em sua circunscrição, a cidade sagrada do hinduísmo Varanasi, também conhecida como Benares. Foi a terceira vitória do primeiro-ministro, que, desta vez, obteve 152 mil votos a mais que o segundo colocado.

(Com informações da AFP).

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