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Após apagão geral, 95% do fornecimento de energia é restabelecido no Equador

Apagão nacional durou cerca de 1 hora; ministro promete renunciar caso falta de energia volte a ser registrada

Dois ônibus trafegam em uma estrada principal durante um apagão em Quito, em 19 de junho de 2024. Foto: Galo Paguay / AFP
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O serviço de eletricidade foi restabelecido em 95% no Equador após um apagão geral na tarde desta quarta-feira (19) por falhas na rede de transmissão, anunciou o ministro encarregado de Energia, Roberto Luque.

“Às 18h41 [20h41 em Brasília], a situação é que, em escala nacional, 95% da energia já foi restabelecida”, assinalou Luque na rede social X. Segundo uma mensagem anterior publicada pelo ministro nessa mesma rede, houve “uma falha na linha de transmissão que ocasionou uma desconexão em cadeia”.

Em coletiva de imprensa, Luque classificou o apagão de “raro” e assinalou que as autoridades ordenaram uma investigação sobre “o que pode ter acontecido” para que a rede elétrica falhasse, uma infraestrutura que apresenta deficiência por falta de investimentos.

“É um evento que mostra o quão frágil é nosso sistema [de eletricidade] e reflete a crise energética que estamos vivendo” há “décadas”, manifestou o ministro.

Por volta das 15h20 locais (17h20 em Brasília), o apagão geral surpreendeu os equatorianos. Cerca de uma hora depois do corte de energia, a eletricidade começou a retornar de maneira paulatina em Quito, constatou a AFP.

Técnicos sustentam que a probabilidade de um novo apagão geral ocorra novamente “é menor que 1%”, segundo Luque, que assinalou que pedirá “renúncias” se isso ocorrer outra vez.

O prefeito de Quito, Pabel Muñoz, assinalou nessa mesma rede social que toda a capital foi afetada pela queda do serviço, e acrescentou que até mesmo o metrô da cidade, “que usa um sistema isolado” da rede geral, sofreu problemas.

Centenas de pessoas tiveram que ser evacuadas das estações subterrâneas e passageiros ficaram presos nos vagões, por isso tiveram que caminhar pelos trilhos até conseguirem sair para as ruas.

Sem o funcionamento de semáforos, o trânsito ficou caótico em diversas zonas da capital.

Já em Guayaquil, a segunda maior cidade do país, a empresa de fornecimento de água potável recomendou que a população tomasse medidas para se abastecer. Além disso, muitas pessoas ficaram presas dentro de elevadores e tiveram que ser resgatadas, segundo o corpo de bombeiros.

Devido ao blecaute, o Ministério da Educação suspendeu as aulas noturnas “com o objetivo de garantir a segurança” dos alunos.

Em abril deste ano, o Equador sofreu apagões programados de até 13 horas devido à seca prolongada que levou ao mínimo os reservatórios. Os cortes foram encerrados em maio com o retorno das chuvas.

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