CartaExpressa
Em meio a debate fiscal, Banco Central publica meme sobre ‘gastar sem poder’
Seguidores viram ‘indireta’ ao governo Lula e se dividiram entre crítica e apoio
O Banco Central decidiu publicar nas redes sociais, nesta terça-feira 25, um meme sobre o filme Divertida-Mente 2, recém-lançado nos cinemas. A publicação menciona “uma nova emoção”: “a vontade de gastar sem poder”.
“Manter as emoções sob controle ao fazer compras é essencial para evitar gastos impulsivos”, diz a legenda. “Antes de comprar, pergunte-se se realmente precisa do item. Estabeleça um orçamento e siga-o rigorosamente. Planejar suas finanças permite identificar prioridades, economizar e evitar dívidas.”
O post serviu de munição para usuários críticos ao presidente Lula (PT). “Tem que marcar o governo federal aqui, né?”, escreveu um. Outros, porém, repudiaram a publicação. “Quero informação num perfil institucional! Não picuinhas”, disse uma seguidora.
Os comentários decorrem do fato de que, nos últimos dias, voltou à tona o embate entre Lula e o presidente do BC, Roberto Campos Neto, devido ao nível da Selic. O Brasil tem a segunda maior taxa real de juros no mundo.
A ata da última reunião do Comitê de Política Monetária, divulgada nesta terça, menciona como justificativas para a Selic de 10,50% ao ano “o cenário global incerto e o cenário doméstico marcado por resiliência na atividade, elevação das projeções de inflação e expectativas desancoradas”.
View this post on Instagram
Relacionadas
CartaExpressa
Governo deve fracionar reforma administrativa, diz Esther Dweck
Por CartaCapitalCartaExpressa
Reforma tributária: Deputado do PT propõe ‘imposto do pecado’ sobre alimentos ultraprocessados
Por CartaCapitalCartaExpressa
Novo leilão para importação de arroz pode não sair do papel
Por CartaCapitalCartaExpressa
Anistia para golpistas: decisão cabe ao STF, diz Alexandre de Moraes
Por Marina VereniczApoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.