Política

Ainda é cedo para discutir perdão aos envolvidos no 8 de Janeiro, diz Lula

Na avaliação do petista, a sociedade precisa “conhecer o rosto daqueles que tentaram dar um golpe de Estado”

Foto: Reprodução
Apoie Siga-nos no

O presidente Lula (PT) afirmou ser precipitado discutir anistia aos envolvidos nos atos golpistas de 8 de Janeiro antes do encerramento dos inquéritos que miram os financiadores e mentores intelectuais da invasão às sedes dos Três Poderes, em Brasília.

Na avaliação do petista, a sociedade precisa “conhecer o rosto daqueles que tentaram dar um golpe de Estado” antes de começar a discutir um possível perdão aos envolvidos. As declarações foram concedidas em entrevista à Rádio Itatiaia, em Minas Gerais, nesta quinta-feira 27.

“Nós temos que terminar de apurar todas as denúncia do 8 de Janeiro. Quando tiver todo mundo processado ou livre de processo, aí tudo bem. Você pode até perdoar pessoas que estão presas há muito tempo, anistia é para isso, mas a gente ainda nem sabe todos aqueles que participaram”, pontuou.

Diversos projetos que buscam anistiar os golpistas tramitam no Congresso Nacional. Nenhum, contudo, chegou a avançar no Parlamento.

No início de junho, o deputado federal Rodrigo Valadares (União-SE) foi escolhido relator de uma emenda à Constituição que trata do tema na CCJ da Câmara. O parlamentar tem feito um périplo a gabinetes de ministros do Supremo Tribunal Federal com objetivo de reduzir as resistências.

Valadares está trabalhando em três versões do texto, já que o projeto enfrenta falta de consenso entre os congressistas. O objetivo é identificar qual versão tem mais chances de avançar na Casa.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Leia também

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo