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STF forma maioria para obrigar escolas a combater bullying machista e homotransfóbico

O julgamento ocorre no plenário virtual do STF, a partir de uma ação de 2017 do PSOL

Foto: Antonio Augusto/SCO/STF
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O Supremo Tribunal Federal formou, nesta sexta-feira 28, maioria de votos para reconhecer que escolas públicas e particulares devem coibir discriminações de gênero e sexual.

A Corte analisa a questão no julgamento virtual de uma ação protocolada em 2014 para reconhecer que a obrigação consta no Plano Nacional de Educação. No processo, o PSOL alegou que o combate à discriminação está previsto no plano, mas de forma genérica.

Até o momento, seis dos 11 ministros votaram para reconhecer que escolas públicas e privadas devem coibir discriminações por gênero, orientação sexual, além de bullying e discriminações de cunho machista e transfóbicas.

Os votos foram proferidos pelo relator, Edson Fachin, além dos ministros:

  • Dias Toffoli;
  • Alexandre de Moraes;
  • Luiz Fux;
  • Cristiano Zanin; e
  • Flávio Dino.

No voto condutor do julgamento, Fachin concordou com o PSOL e entendeu que é preciso explicitar o reconhecimento de proteção.

“Uma restrição a direitos fundamentais desta natureza não apenas deveria estar posta expressamente, senão também haveria de ser acompanhada de argumentos dotados de extraordinário peso que a justificassem”, afirmou o ministro.

O julgamento virtual do caso será encerrado às 23h59 desta sexta-feira.

(Com informações da Agência Brasil).

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