CartaExpressa

New York Times defende em editorial a retirada da candidatura de Biden

Segundo o jornal, os republicanos foram ‘cooptados’ por Trump e os democratas devem priorizar ‘os interesses da nação’

Foto: Andrew Caballero-Reynolds/AFP
Apoie Siga-nos no

O New York Times, principal jornal dos Estados Unidos, defendeu em editorial publicado na noite desta sexta-feira 28 que o Partido Democrata retire a candidatura à reeleição do presidente Joe Biden e escolha outro representante para enfrentar Donald Trump em novembro.

A avaliação do veículo, que enfatiza o risco de um segundo mandato de Trump, vem à tona uma dia depois do desempenho ruim de Biden no debate realizado pela CNN.

“O caminho mais claro para os democratas derrotarem um candidato marcado por suas mentiras é lidar de forma transparente com o público americano: reconhecer que o sr. Biden não pode continuar na disputa e abrir um processo para selecionar alguém mais capaz para ocupar o seu lugar a fim de derrotar o sr. Trump”, publicou o jornal.

O NYT reforça que, se a corrida eleitoral de fato se resumir a Trump e Biden, declarará apoio ao democrata. Reiterou, no entanto, que esse não seria o melhor caminho. “O Partido Republicano foi cooptado pelas ambições de Trump. Recai sobre o Partido Democrata o fardo de colocar os interesses da nação acima das ambições de um único homem.”

Assim, na avaliação do jornal, retirar a candidatura de Biden “é a melhor oportunidade para proteger a alma da nação – a causa que levou Biden a concorrer à Presidência em 2019 – da deformação maligna de Trump”. “E é o melhor serviço que o sr. Biden pode prestar a um país a que serviu nobremente por tanto tempo.”

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Relacionadas

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.