Economia

Comitê independente finaliza investigação de fraude bilionária na Americanas

As conclusões do grupo chegarão nas próximas semanas ao Conselho de Administração

Foto: Mauro Pimentel/AFP
Apoie Siga-nos no

O comitê independente formado para investigar a fraude contábil de 25,3 bilhões de reais na Americanas concluiu seu trabalho no último domingo 30 e, após finalizar a compilação dos resultados, enviará o material ao Conselho de Administração da varejista.

Em um comunicado ao mercado nesta segunda-feira 1º, o comitê afirma que suas análises não serviram de base para o trabalho da Polícia Federal que resultou na Operação Disclosure, deflagrada em 27 de junho para apurar o papel de ex-diretores da Americanas na fraude.

O comitê diz ter finalizado, ao longo de um ano e meio:

  • a revisão de 1,2 milhão de documentos únicos;
  • cerca de 250 entrevistas com funcionários, ex-funcionários e terceiros;
  • o processamento de mais de 74 terabytes de dados;
  • a preservação de dados estruturados de 11 sistemas corporativos; e
  • a preservação de cerca de 2.300 fontes corporativas de dados não-estruturados de aproximadamente 360 custodiantes.

Na lista de entrevistados estão o empresário Carlos Alberto Sicupira, um dos acionistas de referência; o ex-CEO Miguel Gutierrez; e o ex-diretor financeiro Fábio da Silva Abrate.

Os resultados chegarão ao Conselho de Administração nas próximas semanas.

Na manhã desta segunda, a ex-diretora Anna Saicali, considerada uma das principais envolvidas na fraude, retornou ao Brasil após a Justiça revogar sua ordem de prisão. Ela estava em Portugal, voltou a São Paulo e entregou seu passaporte à Polícia Federal.

Já Miguel Gutierrez foi solto no sábado 29 em Madrid, após prestar depoimento às autoridades espanholas. Ele havia sido preso um dia antes pela polícia local.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Contribua com o quanto puder.

Quero apoiar

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo