Justiça

Motoristas decidem suspender greve de ônibus em São Paulo

Uma nova reunião ainda deve acontecer nesta quarta-feira para confirmar os termos do acordo entre os trabalhadores e as empresas de ônibus

Ônibus em São Paulo. Foto: Fernando Frazão/Agência Brasil
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O sindicato dos motoristas de ônibus da cidade de São Paulo decidiu suspender a greve da categoria que estava prevista para acontecer nesta quarta-feira 2. A informação foi revelada por Edvaldo Santiago da Silva, presidente do sindicato da categoria.

“Nós avançamos bastante, por isso estamos propondo a suspensão da greve que estava programada para meia noite de hoje. Nós vamos voltar na quarta-feira para discutir”, disse. Segundo ele, a categoria conseguiu avançar nas principais reivindicações, inclusive pela jornada de trabalho de 6h30 com 30 minutos de intervalo.

Os termos do acordo, entretanto, ainda não foram divulgados. A decisão, poucas horas antes do início oficial da paralisação, acontece após uma reunião frustrada entre empresas de ônibus e a entidade.

O presidente da Câmara Municipal de São Paulo, o vereador Milton Leite (União), se reuniu nesta noite com representantes do Sindmotoristas e da SPUrbanuss, o sindicato patronal, para costurar um acordo.

“Avançamos a pedido das duas partes, patronal e sindicato, caminhamos na direção na construção de um acordo imediato para a suspensão da greve, avançamos na discussão dos pontos divergentes, o que vai permitir suspender a greve e praticamente encerrar a mesma”, afirmou Leite.

Após o anúncio da paralisação, a prefeitura chegou a estabelecer a suspensão do rodízio municipal de veículos ao longo de toda a quarta-feira.

Antes do anúncio da suspensão da greve, o sindicato das empresas de ônibus tinha oferecido um reajuste salarial de 3,6% aos trabalhadores, além de “eventual variação salarial definida pela Fipe, no salariômetro”, parâmetro que tem sido rejeitado pelos motoristas.

Já o sindicato da categoria pedia a jornada de trabalho de 6h30 com 30 minutos de intervalo remunerado; ticket-refeição de 38 reais diários; participação nos lucros e nos resultados; e seguro de vida de dez salários mínimos para o motorista e de 5% sobre o valor vigente para os demais trabalhadores.

A capital paulista tem uma frota de 12,2 mil ônibus, que operam 1.304 linhas. Em março deste ano, foram transportados, em média, 7,2 milhões de passageiros em dias úteis, segundo a SPTrans.

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