Mundo
Lula exalta reação a golpes no Mercosul e celebra vitórias progressistas na Europa
O petista advertiu, porém, que enquanto a América do Sul seguir entre as regiões mais desiguais do mundo, ‘a estabilidade política continuará ameaçada’
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/07/000_363D7DB.jpg)
O presidente Lula (PT) participou, nesta segunda-feira 8, da reunião de cúpula do Mercosul, em Assunção, no Paraguai. Também marcaram presença Luis Lacalle Pou (Uruguai), Santiago Peña (Paraguai) e Luis Arce (Bolívia).
Lula abriu seu discurso mencionando a tentativa de golpe de Estado na Bolívia e afirmou que “não há atalhos para a democracia”.
“Há 15 dias, um membro do nosso bloco sofreu uma tentativa de golpe. A democracia prevaleceu graças à firmeza do governo boliviano, à mobilização de seu povo e ao rechaço da comunidade internacional”, disse o petista.
Ele também exaltou a reação do bloco à conspiração. “O Mercosul permaneceu, mais uma vez, unido em defesa do Estado de Direito, consagrada no Protocolo de Ushuaia. A reação unanime ao 26 de junho na Bolívia e ao 8 de Janeiro no Brasil demonstra que não há atalhos à democracia na nossa região, mas é preciso permanecer vigilantes.”
Segundo Lula, “enquanto nossa região seguir entre as mais desiguais do mundo, a estabilidade política continuará ameaçada”. Por isso, enfatizou, “democracia e desenvolvimento andam lado a lado”.
O presidente brasileiro finalizou seu pronunciamento com uma saudação à vitória das forças progressistas na França e no Reino Unido. “Ambas são fundamentais para a defesa da democracia e da justiça social contra as ameaças do extremismo.”
Um dos principais assuntos tratados na cúpula do Mercosul é a formalização da entrada da Bolívia no bloco. A principal ausência é a do presidente da Argentina, Javier Milei.
Ainda nesta segunda-feira, Lula embarca para a Bolívia, onde terá uma reunião com Luis Arce.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Leia também
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/07/53382148759_113fc0e1e3_k-300x200.jpg)
Sem Milei e com entrada da Bolívia: o que esperar da Cúpula do Mercosul
Por CartaCapital![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/04/53470047571_1b3ccdb611_k-300x200.jpg)
Chanceler paraguaio diz que Mercosul não é um ‘bloco ideológico’, em resposta à ausência de Milei
Por AFP![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/05/milei-300x168.png)