Mundo
Presidente eleito do Irã expressa apoio ao Hezbollah contra Israel
‘O apoio à resistência tem suas raízes na política fundamental da República Islâmica do Irã’, disse Pezeshkian
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/07/000_362V4M2.jpg)
O presidente eleito do Irã, Masud Pezeshkian, expressou nesta segunda-feira 8 o apoio de seu país ao Hezbollah e denunciou as “políticas belicistas e criminosas” de Israel contra os palestinos e outros povos da região.
“A República Islâmica do Irã sempre apoiou a resistência dos povos da região contra o ilegítimo regime sionista”, disse Pezeshkian, referindo-se a Israel, em uma mensagem dirigida ao líder do poderoso movimento libanês, Hassan Nasrallah, divulgada pela agência estatal de notícias Irna.
“O apoio à resistência tem suas raízes na política fundamental da República Islâmica do Irã”, acrescentou o reformista Pezeshkian, que ganhou as eleições presidenciais de sábado contra o ultraconservador Saïd Jalili.
Além disso, declarou sua confiança no “movimento de resistência” para impedir que Israel “prossiga sua política belicista e criminosa” contra a Palestina e outras nações da região.
Israel e Hezbollah, aliado do Hamas, trocam disparos quase diários na fronteira israelense-libanesa desde o início da guerra em Gaza, o que gera temores de um novo conflito regional.
As eleições presidenciais iranianas, antes previstas para 2025, foram antecipadas após a morte do presidente Ebrahim Raissi em um acidente de helicóptero em maio.
O Irã realizou um ataque com drones e mísseis contra Israel em 13 de abril, alegando ter agido em “legítima defesa” depois do atentado que destruiu seu consulado e matou sete militares em Damasco em abril. Israel não confirmou nem negou seu envolvimento no ataque.
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.