Diálogos da Fé

Blog dedicado à discussão de assuntos do momento sob a ótica de diferentes crenças e religiões

Diálogos da Fé

Oposição cerceada no Bahrein

Os julgamentos sumários viraram alvo de críticas da ONU e de outras entidades de direitos humanos

Incerteza no Bahrein (Foto: AFP)
Apoie Siga-nos no

O regime Al Khalifa, no Bahrein, tem promovido julgamentos sumários e em massa de opositores. Os processos viraram alvo de denúncias da ONU, Anistia Internacional e diversas organizações internacionais de direitos humanos. Segundo esses organismos, os acusados estão com seus direitos de defesa cerceados. Nos últimos tempos, 69 foram condenados à prisão perpétua.

“Entendemos que a situação no Bahrein permanece tensa e imprevisível”, afirmou Rupert Colville, porta-voz do Alto Comissariado para os Direitos Humanos, à Agência France Presse.

O regime acusa a oposição, que organizou protestos recentes, de servir aos interesses do Irã. Um ativista dos direitos humanos, Nabil Rayab, acabou condenado a cinco anos de prisão por ter publicado um Twitter com críticas à Arábia Saudita, aliada do governo do Bahrein.

O tribunal da família Al Khalifa condenou à prisão e retirou a nacionalidade de 139 ativistas e cidadãos do Bahrein, sob a acusação de terrorismo. Desde 2012, mais de 800 habitantes perderam sua cidadania.

O Alto Comissariado das Nações Unidas advertiu o governo do Bahrein e pediu reforma nas “leis antiterroristas” e observação das “obrigações internacionais dos direitos humanos”, mas o regime não parece nada preocupado com as leis.

A ONU denunciou ainda torturas e maus tratos aos prisioneiros e pediu às autoridades que investiguem os casos. Enquanto isso, o governo age para silenciar as vozes dissidentes desde a revolta de 2011, brutalmente reprimida com o apoio do exército saudita.

ENTENDA MAIS SOBRE: , , , ,

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.

Jornalismo crítico e inteligente. Todos os dias, no seu e-mail

Assine nossa newsletter

Assine nossa newsletter e receba um boletim matinal exclusivo