Política

Tábata Amaral pode ser expulsa do PDT se votar a favor da Previdência

A deputada conseguiu negociar a revisão da aposentadoria das mulheres pela bancada feminista, o que dá a entender seu voto favorável

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A deputada Tábata Amaral (PDT -SP) pode ser expulsa do partido caso vote a favor da reforma da Previdência. Em reunião com a bancada do PDT na Câmara na terça-feira 9, o presidente do partido, Carlos Lupi, declarou que quem apoiar a reforma proposta pelo governo de Jair Bolsonaro será desligado.

Tábata é favorável à reforma e lidera um grupo dentro do PDT que também promete acompanhá-la na votação.

Um dos que tentaram convencer a deputada a votar contra a proposta foi o ex-candidato à presidência e ex-ministro Ciro Gomes, que telefonou para Tábata na terça-feira. A deputada, no entanto, alegou que, após reivindicações, o governo atendeu as demandas da bancada feminina e alterou o cálculo da aposentadoria. Ela comemorou em suas redes sociais como “vitória da bancada feminina”. O que leva a crer que a deputada deve votar a favor da reforma.

A partir de uma modificação feita no relatório da reforma da Previdência, as mulheres passam a ter direito a 60% do valor do benefício a partir dos 15 anos de contribuição. Ao atingir esse critério, elas poderão receber 2% a cada ano a mais na ativa. Antes, só receberiam mais 2% por ano após os 20 anos de contribuição. A alteração contempla a bancada feminina na Câmara e faz parte do esforço para conseguir os 308 votos necessários à aprovação da reforma.

Segundo Lupi, o PDT fechou contra a reforma da Previdência na convenção nacional realizada no dia 18 de março. “Desrespeitar essa decisão é muito grave”, argumentou ele, ao lembrar que os desobedientes enfrentarão processo na Comissão de Ética.

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