Política
“Brasil merece um presidente que se comporte à altura do cargo”, diz Macron
Jair Bolsonaro fez um comentário considerado sexista sobre a primeira-dama francesa
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O presidente da França, Emmanuel Macron, reagiu a uma fala do presidente Jair Bolsonaro sobre sua esposa. Em sua página no Facebook, Bolsonaro respondeu ao comentário de um de seus seguidores que comparou a beleza da primeira dama do Brasil, 27 anos mais nova que o presidente, com a primeira dama da França, 24 anos mais velha que Macron.
“Não humilha cara. Kkkkkkk”, respondeu Bolsonaro ao seguidor. O comentário foi considerado sexista e repercutiu em toda a imprensa francesa. Na manhã desta segunda-feira 26, Macron deu uma entrevista ao lado do presidente do Chile, Sebastián Piñera, e disse que o comentário sobre sua esposa Brigitte foi “triste” e “extremamente desrespeitoso”.
“O que eu posso dizer a vocês? É triste, é triste, mas é em primeiro lugar triste para ele e para os brasileiros”, afirmou, acrescentando que espera que os brasileiros “tenham um presidente que se comporte à altura”.
A crise entre Bolsonaro e Macron começou quando o presidente francês se manifestou sobre os incêndios que acontecem na Amazônia. Macron anunciou que o assunto seria tratado com urgência na reunião do G7, que aconteceu neste final de semana, na França.
Logo em seguida Bolsonaro e seus ministros começaram a criticar o chefe de estado da França. Um dos ministros que criticaram Macron foi o da Educação, Abraham Weintraub. O titular do MEC chamou Emmanuel Macron de “cretino”.
Pelo Twitter, Weintraub chamou o francês de “calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês”, a respeito da ameaça de que a França não ratificaria o acordo comercial entre Mercosul e União Europeia caso o Brasil não agisse contra os incêndios na Amazônia.
A França é uma nação de extremos. Gerou homens como Descartes ou Pasteur, porém também os voluntários da Waffen SS Charlemagne. País de iluministas e de comunistas. O Macron não está a altura deste embate. É apenas um calhorda oportunista buscando apoio do lobby agrícola francês.
— Abraham Weintraub (@AbrahamWeint) 25 de agosto de 2019
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