O que é melhor para a população em situação de rua em São Paulo?

Estudo mostra que maioria dos paulistanos apoia expansão de rede de atendimento emergencial e de centros de acolhida

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A maioria dos paulistanos acredita que novas políticas públicas de moradia e a ampliação de centro de acolhidas são as principais medidas para tratar a questão de pessoas em situação de rua em São Paulo. É o que aponta a pesquisa “Viver em São Paulo: Assistência Social na Cidade”, realizada pela Rede Nossa São Paulo em parceria com o Ibope Inteligência. 

O levantamento foi dividido em cinco temas: cracolândia, pessoas em situação de rua, crianças e adolescentes, violência doméstica e familiar; e, por fim, renda básica. Foram ouvidas 800 pessoas, sendo a zona leste a região com maior amostra, com 35%, seguido pela zona sul (32%), norte (20%), oeste (10%) e centro (4%).

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De acordo com os dados da pesquisa, 65% dos entrevistados apoiam a expansão das Unidades de Atendimento Diário Emergencial (Atende), além da criação de mais centros de acolhida e da ampliação da rede de acolhida socioassistencial, que é um conjunto de serviços dados pela Prefeitura para pessoas que estão em situação de vulnerabilidade pessoal, social e econômica.

Esta é a solução mais citada em todas as regiões da cidade, exceto na zona norte, onde 38% da população aponta que oferecer curso de capacitação profissional seja a melhor opção. Outros 37% da região acredita na criação de medidas que incentivam a contratação de pessoas em situação de rua como forma de ajudar a melhorar essa questão.


 

De acordo com Programa de Metas (2017-2020), a Prefeitura promete assegurar acolhimento para, no mínimo, 90% da população em situação de rua na capital paulista.

Segundo informações do site Planeja Sampa, estima-se que a cidade tenha entre 20 mil a 25 mil pessoas nessas condições, sendo 3% delas crianças. Enquanto a população de São Paulo cresce, em média, 0,7% ao ano, a quantidade de moradores em situação de rua aumenta 4,1%.

Já outra meta é gerar oportunidades de inclusão produtiva, por meio das ações de qualificação profissional, intermediação de mão de obra e empreendedorismo, para 70 mil pessoas que vivem em situação de pobreza, especialmente para a população em situação de rua.

 

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