Augusto Diniz | Música brasileira
Jornalista há 25 anos, Augusto Diniz foi produtor musical e escreve sobre música desde 2014.
Augusto Diniz | Música brasileira
Céu apresenta ‘Novela’, álbum gravado em Los Angeles com influências de soul e rap
A cantora, de voz inconfundível, mantém uma sonoridade moderna e transcendente
![](https://www.cartacapital.com.br/wp-content/uploads/2024/05/Ceu2.jpg)
A cantora e compositora Céu apresenta um novo álbum, gravado nos Estados Unidos, onde ela viveu na juventude e realizou trabalhos bem-sucedidos. O disco, intitulado Novela, tem a produção de Pupillo, seu companheiro e um dos maiores produtores do País, e de Adrian Younge, que tem na bagagem projetos com Snoop Dogg e Kendrick Lamar.
“Sou fã do Adrian há anos. Acompanho sua discografia e aconteceu de nos conhecermos e ficarmos amigos, instantaneamente. Daí nasceu o desejo de fazer algo com ele”, explica Céu a CartaCapital.
Com a vontade de trabalhar ao lado do produtor norte-americano, ela foi a Los Angeles para dar vida ao seu sexto disco autoral.
O álbum de Céu, disponível nas plataformas de música, tem 12 faixas, 11 delas autorais. Ela traz uma sonoridade moderna e transcendental, marca de seus trabalhos, com uma voz inconfundível e ótima de ouvir. A cantora oferece influências do rap e do soul, vivências do produtor Adrian Younge.
“Ele está fora do padrão (dos álbuns anteriores), no sentido de ter sido gravado em pouquíssimo tempo hábil, de ser analógico, de não termos feito uso de nenhum computador”, analisa Céu. “Com isso, pude experimentar, vivenciar a forma como eram feitos os discos que me formaram. Mas, em relação a composição e jeito, eu entendo 100% um disco meu, mesmo.”
Além de Pupillo e Adrian Younge na banda do disco, Lucas Martins tocou contrabaixo, violão e guitarra. Participam ainda a MC americana LadyBug Mecca e a cantora franco-senegalesa Anaiis.
Céu costuma se envolver bastante em seus projetos. Faz letra, melodia e harmonia, além de produção. “E aí elaboramos as peças que faltam, juntos. Cada canção acaba sendo de uma forma. Em Reescreve (parceria com o versátil Marcos Valle), por exemplo, mandei a letra e a melodia, e ele fez a harmonia.”
“Mas acabou virando outra coisa em estúdio. Os meninos mexeram e eu amei. Mas é isso: a música é orgânica, viva, vai por caminhos incontroláveis, também. Algumas foram finalizadas lá mesmo, com o Lucas Martins, e outras ficaram exatamente como propus.”
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