Diálogos da Fé

Blog dedicado à discussão de assuntos do momento sob a ótica de diferentes crenças e religiões

Como igrejas contribuem para a continuidade da violência doméstica?

Lideranças religiosas têm se tornado cúmplices de crimes contra a mulher, quando silenciam as vítimas e não são o suporte necessário para denúncia

Caroline tinha 35 anos

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Conheci a Manoela Brazil no dia 3 de outubro de 2020, uns dias após ao assassinato da sua irmã, Carolline Brazil. A conheci em frente à Prefeitura da Cidade de Osasco (SP), em uma manifestação na qual exigíamos justiça por sua irmã.

A história de Carolline pode ser a mesma de muitas mulheres que vivem nas igrejas espalhadas pelo nosso País e, por isso, quero contá-la nesta semana, na qual fomos às ruas pelos direitos das mulheres, por condições dignas de vida e contra o machismo que trata mulheres como objeto.

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4 comentários

Gildo Lyone Antunes de Oliveira 11 de março de 2022 20h21
Boa tarde Simone, parabéns pela denúncia! Eu não diria, passividade das comunidades religiosa... Mas sim cumplicidade de inúmeras lideranças religiosas, que não abrem mão de uma leitura míope da Bíblia ou seja, de uma leitura fundamentalista, desencarnada da realidade, pois a mesma preserva o patriarcalismo que sustenta o senhorio do homem sobre a mulher como natural e divino. Para tais lideranças, tocar neste assunto é inapropriado, não sabem elas, que Jesus Cristo veio ao mundo para anunciar e testemunhar o Reino de Deus, onde o que sustenta relações entre homens e mulheres é a valorização e reconhecimento da dignidade mútua, ou seja, da equidade. Tocar neste assunto, é tocar no tema da relações de poder.
Deomar Rodrigues Campos 11 de março de 2022 13h18
Desculpe, escrevi um comentario e, na hora de enviar acabei cliclando em alguma área no meu celular e apagou o comentário e enviou um termo que não tem nada a ver, a marca de um produto que certamente veio de um desses anúncios inconvenientes que ficam aparecendo pra nós o tempo todo.
Deomar Rodrigues Campos 11 de março de 2022 12h58
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Samuel 10 de março de 2022 21h32
É, no mínimo, controversa e vergonhosa as linhas de raciocínio que essa notícia fez em seu decorrer. Primeiramente, controversa, pois isso não é um problema das igrejas, e sim da forma como algumas pessoa enxergam a religião, segundo ponto sobre isso é que, a própria Bíblia, livro base para fundamentos cristãos, condena as ações de desrespeito e violência. Basta ler alguns textos e isso claramente será mostrado. Sobre o termo de submissão ao homem, significa, na verdade, respeito, e não ser como uma escrava que acata ordens. Em segundo, as palavras dessa matéria mostram que, claramente quem a escreveu não conhece seguimentos e doutrinas de igrejas evangélicas, pois em sua grande maioria, repudiam e possuem ações disciplinares contra os tais atos adotados pelo marido da mulher na matéria. A igreja, com base no cristianismo, repudia e também luta contra a violência a mulher, já cheguei a participar de palestras sobre o tema mulher, violência, etc... dentro de igrejas. Dessa forma, o problema em si, não está nas igrejas, mas sim na falta de conhecimento bíblico, na falta de instruções e consciência de quem a vítima busca por uma resposta. Por outro lado, parabéns ao autor a da matéria, a narrativa é boa, e cresce em detalhes.

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