Parlatório

Agripino: ativista anticorrupção e investigado por corrupção

STF aceita denúncia contra o ex-coordenador de campanha de Aécio Neves (PSDB), acusado de receber propina para permitir esquema de corrupção

Dez dias antes de virar réu por corrupção, o senador do DEM esteve em ato anticorrupção cujo alvo era o governo Dilma Rousseff
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Após pedido encaminhado pelo procurador-geral da república, Rodrigo Janot, o Supremo Tribunal Federal aceitou abrir um inquérito contra o presidente nacional do DEM, José Agripino Maia. O senador pelo Rio Grande do Norte e ex-coordenador de campanha de Aécio Neves (PSDB) foi citado em delação premiada feita por George Olímpio, empresário do Rio Grande do Norte, acusado de cobrar propina de R$1 milhão para permitir um esquema de corrupção no serviço de inspeção veicular do estado. O processo, que corre em segredo, foi aberto pela ministra Carmem Lúcia na última sexta feira, 20 de março, de acordo com o jornal O Estado de S. Paulo.

Dias antes da abertura do inquérito, o senador esteve presente nos protestos de Brasília que pediam o impeachment da presidenta Dilma Rousseff, clamando contra a corrupção e “por um Brasil melhor”.

Divulgada pelo programa Fantástico, da TV Globo, a delação também envolve a atual prefeita de Natal, Wilma de Faria (PSB), e o presidente da Assembléia Legislativa do estado, Ezequial Ferreira (PMDB). O esquema, da chamada Operação Sinal Fechado, teria acontecido entre 2008 e 2011, quando o empresário criou uma empresa para prestar serviços de cartório ao Detran do Rio Grande do Norte. De acordo com a delação, George Olímpio teria pago propina para agilizar a tramitação do Projeto de Lei que criava a inspeção veicular que beneficiaria seu negócio.

Há três anos, CartaCapital noticiou com exclusividade o depoimento de uma testemunha-chave na investigação, o lobista Alcides Fernandes Barbosa, que já apontava a participação de Agripino.

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