Ratos invadem Câmara durante depoimento de Vaccari

Antes de o tesoureiro do PT iniciar sua fala na CPI, homem soltou roedores em meio aos deputados

Os ratos causaram correria na CPI da Petrobras

Apoie Siga-nos no

Um homem que acompanhava a reunião da CPI da Petrobras soltou cinco roedores no plenário no momento em que o tesoureiro do PT, João Vaccari Neto, entrava na sala, nesta quinta-feira 9. Houve um princípio de tumulto e o homem foi detido pela polícia legislativa.

O episódio gerou discussão entre os deputados Jorge Solla (PT-BA) e Delegado Waldir (PSDB-GO), que foi acusado por Solla de envolvimento no episódio. “Você tem que provar!”, respondeu o deputado.

Vaccari é apontado nos depoimentos dos delatores Alberto Youssef, Paulo Roberto Costa, Eduardo Leite e Pedro Barusco comooperador do PT no esquema de pagamento de propinas investigado na Operação Lava Jato. De acordo com a denúncia, Vaccari seria ligado ao ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, que negou à CPI envolvimento no esquema.

Vaccari foi denunciado por lavagem de dinheiro e é ouvido na qualidade de acusado. Ele está protegido por um habeas corpus concedido na noite de quarta-feira 8 pelo ministro Teori Zavascki, do Supremo Tribunal Federal, e tem o direito de ter a assistência de advogado e de não se comprometer a dizer a verdade ou mesmo se calar.

Após a confusão com os ratos, o presidente da CPI, deputado Hugo Motta (PMDB-PB), disse que nada iria atrapalhar os trabalhos. Antes de passar a palavra ao tesoureiro do PT, Motta afirmou que a colaboração de Vaccari poderia beneficiá-lo. “Sua colaboração pode garantir benefícios previstos em lei, disse Hugo Motta. Pelo Twitter, o deputado Ivan Valente (Psol-SP) ironizou a situação, lembrando a tradição das comissões parlamentares de inquérito de não chegarem ao fim de seus trabalhos.

 

Com informações da Agência Câmara

Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.

Já é assinante? Faça login
ASSINE CARTACAPITAL Seja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.

0 comentário

Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome

Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.