8 de Janeiro/ Tiro pela culatra

Proposta pela oposição bolsonarista, CPI pede o indiciamento de Jair Bolsonaro por quatro crimes

As digitais do ex-presidente na conspiração acabaram expostas – Imagem: Mateus Bonomi/Anadolu Agency/AFP

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Criada a pedido da oposição bolsonarista, a CPI do 8 de Janeiro aprovou, na quarta-feira 18, o relatório da senadora Eliziane Gama, do PSD, a apontar Jair Bolsonaro como o “mentor intelectual” dos atos golpistas que devastaram as sedes dos Três Poderes no início do ano. Enviado à Procuradoria-Geral da República, o documento propõe o indiciamento do ex-presidente por quatro crimes: associação criminosa, violência política, abolição violenta do Estado Democrático de Direito e golpe de Estado. Somadas, as penas podem chegar a 29 anos de reclusão.

Ao propor a investigação, os bolsonaristas tentaram responsabilizar Lula pelo golpe do qual foi vítima. A turma queria emplacar a exótica tese de que o novo governo permitiu o quebra-quebra em Brasília para depois colher frutos políticos. Funcionou durante algum tempo para abastecer as redes sociais com fake news, mas a CPI, de maioria governista, acabou por apontar as digitais de Bolsonaro e seus asseclas na trama golpista.

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