Responsável por expor o conluio do ex-juiz Sergio Moro com procuradores da Lava Jato para prender Lula a qualquer custo, o hacker Walter Delgatti Netto afirmou à Polícia Federal que a deputada Carla Zambelli, do PSL paulista, o acionou para invadir as urnas eletrônicas, bem como a conta de e-mail e o telefone de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e então presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
O pedido foi feito, segundo o hacker, durante um encontro sigiloso na Rodovia dos Bandeirantes, em São Paulo, em setembro de 2022. Com Lula na dianteira nas pesquisas, o então presidente Jair Bolsonaro apelava para a fake news de que o sistema eleitoral estava vulnerável a fraudes. De acordo com a jornalista Andrea Sadi, da GloboNews, Delgatti admitiu não ter conseguido acessar as urnas nem o celular de Moares. Tampouco achou algo comprometedor na conta de e-mail do magistrado, à qual teve acesso em 2019.
ASSINE CARTACAPITALSeja assinante! Aproveite conteúdos exclusivos e tenha acesso total ao site.
Os comentários não representam a opinião da revista. A responsabilidade é do autor da mensagem.
2 comentários
PAULO SERGIO CORDEIRO SANTOS16 de julho de 2023 05h17
2022/ Desespero golpista Essa deputada bolsonarista Carla Zambelli não tem limites nem escrúpulos e vive a cometer crimes e armar contra a democracia e os ministros do STF. Sua aproximação com Walter Delgatti Netto é um sinal de que tentou armar mais uma mas não conseguiu. Quando será o dia de sua cassação como parlamentar que tanto aprontou contra a democracia, a república a as autoridades que cumprem o seu papel de combater os criminosos bolsonarista?
CPMI do Golpe/ SILÊNCIO ATÉ SOBRE A IDADE Mauro Cid pode ter sido treinado, como militar, para mentir ou mesmo omitir e se calar na CPMI, mas jamais numa guerra. Não dizer a própria idade, quando indagado pela deputada Jandira Feghali é um acinte que deve ser considerado um desrespeito e desacato contra os integrantes que presidiam a mesa da CPI do Golpe. Cid se comportou como um cão fiel, mesmo abandonado pelo seu líder de ordens, Jair Bolsonaro.
ricardo fernandes de oliveira16 de julho de 2023 11h30
De fato, dois pesos e duas medidas. A carta capital se esqueceu de dizer que o Brasil produz exporta para 120 países bombas de fragmentação
Apoie o jornalismo que chama as coisas pelo nome
Depois de anos bicudos, voltamos a um Brasil minimamente normal. Este novo normal, contudo, segue repleto de incertezas. A ameaça bolsonarista persiste e os apetites do mercado e do Congresso continuam a pressionar o governo. Lá fora, o avanço global da extrema-direita e a brutalidade em Gaza e na Ucrânia arriscam implodir os frágeis alicerces da governança mundial.
CartaCapital não tem o apoio de bancos e fundações. Sobrevive, unicamente, da venda de anúncios e projetos e das contribuições de seus leitores. E seu apoio, leitor, é cada vez mais fundamental.
Não deixe a Carta parar. Se você valoriza o bom jornalismo, nos ajude a seguir lutando. Assine a edição semanal da revista ou contribua com o quanto puder.
Para proteger e incentivar discussões produtivas, os comentários são exclusivos para assinantes de CartaCapital.
Já é assinante? Faça login